Janela Aberta-Preservação da identidade cultural nos hábitos e costumes tradicionais na formação da personalidade( Temas do Programa Janela Aberta, TPA1)


A globalização é um fenómeno que está a invadir o mundo inteiro. Ninguém pode, e mesmo que queira, ficar indiferente às mudanças provocadas pelo vento deste fenómeno.
Angola, tal como em outros países do resto do planeta, tem recebido inúmeros estrangeiros e, por conseguinte ,têm-se instalado de forma positiva e negativa na sociedade angolana. Segundo um psicoterapeuta Familiar, McGoldrick, nós vemos o mundo através dos nossos filtros culturais e, muitas vezes, persistimos em nossas opiniões estabelecidas. Isto quer dizer que, no aspecto positivo, temos a destacar o somatório de valores, conhecimentos e operações de pensamento e a possibilidade de mudança de comportamento o que por sua vez, nos permite termos uma mente mais aberta face às vicissitudes da vida. No que toca aos aspectos negativos, a nível de Angola, ela tem entrado sem travão e deixando muitos angolanos com crise de identidade cultural.
Atendo a todos estes factos, a produção do Janela Aberta resolveu lançar um debate sobre os temas que se seguem abaixo onde fui convidada como psicóloga Clínica para discutirmos sobre a temática. Em primeiro lugar, agradeço a Deus, à minha família e os meus amigos; Em segundo, a direcção do programa Janela Aberta , Apresentador e a Ruth Ana, que foram muito amáveis comigo, pois era a minha primeira vez a enfrentar as câmaras e, felizmente, tudo correu às mil maravilhas.

J. Aberta-.Preservação da identidade cultural nos hábitos e costumes tradicionais na formação da personalidade.


Kat Samuel-Antes de começar a minha intervenção, gostaria, para nos entendermos da melhor maneira, e também para dar um carácter lógico ao meu raciocínio, definir alguns conceitos como o de identidade cultural, hábito e costumes, formação da personalidade e, só depois vou procurar demonstrar como a preservação da identidade cultural assente nos hábitos e costumes tradicionais permite formar a personalidade do indivíduo. Bem, podemos entender por identidade cultural como os aspectos relacionados com a nossa pertença a culturas étnicas, raciais, linguísticas, religiosas, regionais e/ou nacionais. Por hábitos e costumes, entende-se como o comportamento regular e normal de uma pessoa em relação às suas necessidades, às suas reacções ou a sentimentos. Agora, se partirmos do princípio de que a personalidade consiste nas características psicológicas que determinam a individualidade pessoal ou social, ou seja, a forma específica de pensar e de agir de cada um, torna-se fácil compreender como é que a identidade cultural baseada nos hábitos e costumes permite formar a personalidade das pessoas em geral e angolanas em particular. (dá exemplos de hábitos como, por exemplo, respeitar os mais velhos, andar no autocarro e dar lugar à mulheres; costumes como regras sociais que implicam a sua obrigatoriedade; por exemplo, o alembamento é um costume, pois implica a sua obrigatoriedade no nosso país, ou seja, hoje ninguém pode pretender alguém sem passar por esse costume. Então, como se pode ver os hábitos e os costumes assim que as pessoas se vão desenvolvimento vão assimilando as mesmas e, influir na sua personalidade e isso forma a nossa identidade como angolanos

J. Aberta-.Como se vive com diferenças culturais? Como se procede juridicamente quando se está diante da lei tradicional e moderna.

Kat Samuel -Antes de mais e tal como fiz na primeira questão é importante definirmos o que é a cultura. A cultura, de acordo com vários autores compreende os conhecimentos, as crenças, o direito, os costumes e outras capacidades e hábitos adquiridos pelo homem como membro da sociedade. Ressalta-se, aqui, a capacidade humana de poder adquirir, como ser social, aspectos que tocam a vida social, cultural e psicológica. É claro que numa sociedade existem diferenças culturais, pois não há sociedade monoculutrias e mais agora que estamos num mundo globalizado. Para se viver num meio social caracterizado por diferenças culturais temos que ser tolerantes e sabermos viver dentro da interculturalidade e multiculturalidade. Agora, como devemos proceder quando estamos diante da lei tradicional? Bem, a lei tradicional que não é nada mais que os costumes implantados nestas sociedades têm as suas próprias instituições onde, por exemplo, os sobas e os sekulus das aldeias exercem o seu poder em casos como da feitiçaria, roubo de gado etc. e no caso da lei moderna temos as instituições do Estado que permitem lidar com esses problemas .

3.União de facto no tradicional e no casamento moderno

Bem, quanto a esta questão penso não haver muita dificuldade, porque todos sabem o que é o casamento tradicional e o casamento moderno. Por isso, vou-me referir apenas a dois aspectos. O primeiro é que hoje, em dia na nossa sociedade, há uma relação muito estreita entre os dois. Por exemplo, o alembamento faz parte do casamento tradicional mas que foi incorporado na sociedade moderna e hoje em dia, conforme a nossa identidade cultural, é um dos elementos que permitem avançar o casamento moderno. Em segundo lugar, queria falar da fragilidade do casamento tradicional e aqui queria alertar para as mulheres não ficarem apenas aí como aquele caso que se deu em que uma senhora estava no “bem bom2 a viver com o seu “marido”, teve filhos e, um dia o marido decidiu casar com outra e ela nada pôde fazer já que não tinha um laço juridcamente aceite com o homem.
J. Berta-As diferenças culturais marcaram e continuam a marcar a relação entre os povo na positiva e na negativa.
Kat Samuel-Na negativa, basta falarmos do racismo e de todos os problemas que dele derivaram na conquista dos povos e dominação dos mesmos, como aconteceu cá, em Angola, durante o regime colonial. Pela positiva, porque hoje se fala muito dos direitos humanos, que assentam no princípio de que todos os seres humanos têm direitos inalienáveis, e que é necessário defender a todo o custo.
Os principais domínios dos direitos humanos são os seguintes: a) direitos de primeira geração (direitos cívicos e políticos), que dizem respeitam à liberdade de pensamento, consciência, religião, igualdade perante a lei, etc. ; b) direitos de segunda geração (direitos económicos) relativos ao direito ao trabalho, habitação, saúde, etc., e, c) direitos da terceira geração) (direitos dos povos ou culturais). Estes direitos estão mais próximos dos problemas interculturais, pois dizem respeito aos direitos contra a discriminação da mulher, o racismo, o etnocentrismo ocidental, ou outras formas de hegemonia cultural. Os mesmos apelam pelo respeito das minorias étnicas, sexuais e religiosas, pela multiculturalidade, e pelo direito à paz.

Kat Samuel-Antes de começar a minha intervenção, gostaria, para nos entendermos da melhor maneira, e também para dar um carácter lógico ao meu raciocínio, definir alguns conceitos como o de identidade cultural, hábito e costumes, formação da personalidade e, só depois vou procurar demonstrar como a preservação da identidade cultural assente nos hábitos e costumes tradicionais permite formar a personalidade do indivíduo. Bem, podemos entender por identidade cultural como os aspectos relacionados com a nossa pertença a culturas étnicas, raciais, linguísticas, religiosas, regionais e/ou nacionais. Por hábitos e costumes, entende-se como o comportamento regular e normal de uma pessoa em relação às suas necessidades, às suas reacções ou a sentimentos. Agora, se partirmos do princípio de que a personalidade consiste nas características psicológicas que determinam a individualidade pessoal ou social, ou seja, a forma específica de pensar e de agir de cada um, torna-se fácil compreender como é que a identidade cultural baseada nos hábitos e costumes permite formar a personalidade das pessoas em geral e angolanas em particular. (dá exemplos de hábitos como, por exemplo, respeitar os mais velhos, andar no autocarro e dar lugar à mulheres; costumes como regras sociais que implicam a sua obrigatoriedade; por exemplo, o alembamento é um costume, pois implica a sua obrigatoriedade no nosso país, ou seja, hoje ninguém pode pretender alguém sem passar por esse costume. Então, como se pode ver os hábitos e os costumes assim que as pessoas se vão desenvolvimento vão assimilando as mesmas e, influir na sua personalidade e isso forma a nossa identidade como angolanos

J. Aberta-.Como se vive com diferenças culturais? Como se procede juridicamente quando se está diante da lei tradicional e moderna.

Kat Samuel -Antes de mais e tal como fiz na primeira questão é importante definirmos o que é a cultura. A cultura, de acordo com vários autores compreende os conhecimentos, as crenças, o direito, os costumes e outras capacidades e hábitos adquiridos pelo homem como membro da sociedade. Ressalta-se, aqui, a capacidade humana de poder adquirir, como ser social, aspectos que tocam a vida social, cultural e psicológica. É claro que numa sociedade existem diferenças culturais, pois não há sociedade monoculutrias e mais agora que estamos num mundo globalizado. Para se viver num meio social caracterizado por diferenças culturais temos que ser tolerantes e sabermos viver dentro da interculturalidade e multiculturalidade. Agora, como devemos proceder quando estamos diante da lei tradicional? Bem, a lei tradicional que não é nada mais que os costumes implantados nestas sociedades têm as suas próprias instituições onde, por exemplo, os sobas e os sekulus das aldeias exercem o seu poder em casos como da feitiçaria, roubo de gado etc. e no caso da lei moderna temos as instituições do Estado que permitem lidar com esses problemas .


3.União de facto no tradicional e no casamento moderno

Bem, quanto a esta questão penso não haver muita dificuldade, porque todos sabem o que é o casamento tradicional e o casamento moderno. Por isso, vou-me referir apenas a dois aspectos. O primeiro é que hoje, em dia na nossa sociedade, há uma relação muito estreita entre os dois. Por exemplo, o alembamento faz parte do casamento tradicional mas que foi incorporado na sociedade moderna e hoje em dia, conforme a nossa identidade cultural, é um dos elementos que permitem avançar o casamento moderno. Em segundo lugar, queria falar da fragilidade do casamento tradicional e aqui queria alertar para as mulheres não ficarem apenas aí como aquele caso que se deu em que uma senhora estava no “bem bom2 a viver com o seu “marido”, teve filhos e, um dia o marido decidiu casar com outra e ela nada pôde fazer já que não tinha um laço juridcamente aceite com o homem.


J. Berta-As diferenças culturais marcaram e continuam a marcar a relação entre os povo na positiva e na negativa.
Kat Samuel-Na negativa, basta falarmos do racismo e de todos os problemas que dele derivaram na conquista dos povos e dominação dos mesmos, como aconteceu cá, em Angola, durante o regime colonial. Pela positiva, porque hoje se fala muito dos direitos humanos, que assentam no princípio de que todos os seres humanos têm direitos inalienáveis, e que é necessário defender a todo o custo.


Os principais domínios dos direitos humanos são os seguintes: a) direitos de primeira geração (direitos cívicos e políticos), que dizem respeitam à liberdade de pensamento, consciência, religião, igualdade perante a lei, etc. ; b) direitos de segunda geração (direitos económicos) relativos ao direito ao trabalho, habitação, saúde, etc., e, c) direitos da terceira geração) (direitos dos povos ou culturais). Estes direitos estão mais próximos dos problemas interculturais, pois dizem respeito aos direitos contra a discriminação da mulher, o racismo, o etnocentrismo ocidental, ou outras formas de hegemonia cultural. Os mesmos apelam pelo respeito das minorias étnicas, sexuais e religiosas, pela multiculturalidade, e pelo direito à paz.

Katya Samuel


 

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